Lixo I

Boas!

Eu sei, eu sei, já lá vai algum tempo desde o último post, mas pronto, estamos todos de férias (hopefully), e eu não sou excepção.

Bem, tenho andado a mexer em coisas que tinha guardadas, e deparei-me com uma ou outra coisa interessante, por isso pensei:

"Já que não faço um post no Esgoto há algum tempo, e como não me vem nada à cabeça ou tenho andado com muita preguiça para escrever o que tenho cá dentro, se calhar ponho mas é as coisas que encontrei e tá feito."

E assim foi. Então aqui fica o primeiro post da colecção: "Lixo de Papel e Tinta (ou Carvão) que Eu Encontrei Nos Sítios Mais Recônditos do meu Quarto", ou abreviado: "Lixo" (I, II, III, IV, V, etc, etc, etc... [possivelmente nem passa do primeiro, mas é só pra prevenir...]):

Ao longo da minha vida tenho vindo a reparar numa coisa...aliás, tenho reparado em muitas coisas, inclusive, tenho reparado que costumo reparar muitas vezes em coisas que ninguém devia reparar, por serem demasiado estúpidas ou sem interesse. Mas para além de reparar que devia reparar menos vezes, ou então, reparar com mais qualidade, tenho vindo a reparar que, sempre que sempre que quero atravessar uma estrada ou passadeira (digo isto assim porque muitas das vezes que atravesso uma estrada, não atravesso uma passadeira. Surpreendentemente, o contrário nunca me aconteceu...agora que falo nisso, tenho vindo a reparar nisso mesmo também), por muito calmo que esteja o trânsito, aparece sempre alguém. Imagine-se o cenário:

Estou à beira da estrada, quero atravessar, não há passadeira. Olho para ambos os lados, não vem ninguém em nenhuma das faixas. Preparo-me para atravessar, quando olho para o lado e vem um carro a passar. E não fica por aqui. Atrás desse carro vêm mais sete ou oito carros, a toda a velocidade. Há duas ilações a tirar de tudo isto:

Primeiro: se eu estivesse a atravessar numa passadeira, não havia problema nenhum. Atravessava, eles paravam, e depois voltavam a arrancar.
Segundo: Eu não devia atravessar a estrada sem ser na passadeira.


O problema é que o faço. E tirando o facto de que estou a agira mal, a verdade é que, ou sou uma pessoa cheia de azar (o que não seria assim tão improvável, já que nasci numa sexta-feira, dia 13), ou os automobilistas deste país (ou mesmo deste mundo) fazem de propósito. Imagino um grupo de condutores, com os respectivos carros, parados na beira da estrada. Um deles diz para os outros:

- "Olhem, o Jacinto diz que tá um miúdo aqui na recta a seguir à curva, a olhar atentamente para a estrada. Aposto que vai atravessar, peguem nos carros e ponham-nos na estrada. Vamos lá tratar deste sacana!"

É aqui que voltamos ao princípio. Olho para os dois lados, não vejo ninguem, excepto um tipo a falar ao telemóvel e com uns binóculos na mão, e decido atravessar. É então que se me atravessam os ditos oito carros à frente, a cerca de 97 km/h. Se calhar está tudo da minha cabeça. Tenho reparado ultimamente que muito daquilo em que costumo reparar está somente, na minha cabeça...

15, Novembro de 2007
Ricardo Nogueira

Pronto, não vos chateio maaaaais... (hoje) vão lá dormir e beber o copo de leite diário que só vos faz bem. Até à próxima ;)

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