Tudo começa na sua origem. Consta que antes de se festejar o nascimento de Jesus, já se festejava por Roma o chamado Sol Invictus durante esta mesma época. Aliás, consta que os chamados Pagãos já festejariam o Solstício de Inverno por esta altura ainda antes da existência do Cristianismo. Consta também que o próprio Jesus nem tenha nascido a 25 de Dezembro e que essa data tenha sido escolhida pela própria igreja com o objectivo de cristianizar todas essas festividades pagãs anteriores. Ou seja, para além de festejar-mos o nascimento do menino que já tinha nascido, estamos ainda a festejar os festejos anteriores ao nascimento do menino que já tinha nascido. E caso isto vos soe demasiado estranho então é melhor pararem por aqui, pois vai ficar ainda mais xD
E, da sua origem até aos dias de hoje, as coisas ficaram ainda mais estranhas. Começando pela árvore de natal, implantada por Lutero que aproveitou (ou não) os costumes dos Romanos em pendurar máscaras de Baco nos pinheiros, passando pelo presépio e pelas canções de natal em homenagem ao nascimento do menino que afinal já tinha nascido, pelos enfeites de natal nas ruas e casas que sinceramente não estou a ver de onde apareceram e, finalmente, terminando no Pai Natal. Ah, o Pai Natal. Há bastantes teorias acerca da sua origem e, muito sinceramente, não sei qual delas seja a mais correcta. Há a inspiração em São Nicolau, arcebispo de Mira (na Turquia) durante o século IV, que tinha o hábito de ajudar anonimamente quem tivesse dificuldades. Existe uma outra história do folclore Grego e Bizantino bastante parecida com a de São Nicolau que é a de Basílio de Cesareia. A minha preferida é a que compara a figura do Pai Natal com a de Odin, Soberano de Asgard, e entre as renas voadoras e o seu cavalo Sleipnir. Bem, verdade seja dita, cada país tem a sua tradição portanto todas estas ideias poderão estar certas. No entanto só por volta de 1820 é que o Pai Natal conforme nós o conhecemos hoje começou a entrar em cena graças a um poema de Clement Clark Moore chamado "A Visit from St. Nicholas". A partir daí todos os seus atributos se foram desenvolvendo ao longo de 60 anos e, por volta de 1880, Thomas Nast incluiu num dos seus Cartoons a figura do Pai Natal que toda a gente conhece hoje. Figura essa que sofreu um enorme boom graças ás publicidades da Coca-Cola xD.
E chegámos finalmente ao Presente. E actualmente o natal pode-se resumir praticamente a consumismo. Não digo que as famílias não se juntem e não façam o tradicional jantar de natal porque isso continua a acontecer. O que eu não percebo é a constante necessidade de comprar presentes para toda a gente. Mesmo toda a gente! Não sei se é uma ideia só minha, mas eu só ofereço presentes ás pessoas importantes na minha vida que marcaram realmente o meu Presente ou que, de alguma forma fui injusto quando elas claramente não o mereciam. É algo especial, algo com significado e não um gesto vazio como chegar com um giga saco cheio de coisas para dar não só aos pais, aos avós, aos amigos, etc, mas também para dar aos tios que só aparecem duas vezes por ano, aos padrinhos que só aparecem uma vez por ano, e por aí fora.
E foi isto. Desta vez sem referências ao Estado Laico e os seus feriados de Natal/Páscoa/Whatever nem com exemplos de blogues de madrinhas alheias xD
Mas com o milky! =D
P.S - Era tão idiota há 3 anos --'
P.S 2 - Que me dêem nas orelhas se tiver dito alguma barbaridade sff xD